06/02/2014

Mão biônica restaura tato de paciente amputado

Redação do Diário da Saúde
Mão biônica restaura tato de paciente amputado
Apesar do sucesso, os médicos e pesquisadores afirmam que este é um passo rumo a uma mão biônica verdadeira, e que uma prótese dotada de capacidades sensoriais ainda demorará anos para chegar ao mercado.
[Imagem: Lifehand 2/Patrizia Tocci]

Neuroprótese

O finlandês Dennis Aabo Sorensen tornou-se o primeiro amputado a receber uma prótese de mão que lhe garante a sensação do tato.

A mão robótica foi implantada em Sorensen por meio de uma cirurgia que conectou as terminações nervosas na extremidade do seu braço aos eletrodos do equipamento.

A tecnologia biônica, que ainda está em fase de testes, foi desenvolvida por uma equipe de várias universidades e hospitais europeus, coordenados pelo Dr. Silvestro Micera, do instituto suíço EPFL. O implante foi realizado pela equipe do Dr. Paolo Maria Rossini, no Hospital Gemeli (Itália).

"O feedback sensorial é incrível. Eu posso sentir coisas que não era capaz de sentir nos últimos nove anos," disse Sorensen, referindo-se ao tempo desde que ele sofreu o acidente que resultou na amputação de sua mão.

Mão biônica

A mão biônica foi equipada com sensores que detectam informações sobre o toque e o objeto que está sendo tocado. Isto é feito medindo a tensão nos tendões artificiais que controlam o movimento dos dedos.

A medição elétrica é passada para o processador da prótese, que analisa os sinais e os transforma em novos sinais elétricos compatíveis com as terminações nervosas no braço de Sorensen.

A etapa final, a entrega desses sinais aos nervos, é feita por eletrodos ultrafinos e com uma precisão inédita, desenvolvidos pela equipe do Dr. Thomas Stieglitz, na Universidade de Freiburg (Alemanha).

Foi necessária uma pesquisa exaustiva para garantir que esses eletrodos continuassem funcionando depois que o organismo criasse a cicatriz pós-implante.

"Esta é a primeira vez na neuroprotética que o feedback sensorial foi restaurado e usado por um amputado em tempo real para controlar um membro artificial," disse o Dr. Micera.

Apesar do sucesso, os médicos e pesquisadores afirmam que este é um passo rumo a uma mão biônica verdadeira, e que uma prótese dotada de capacidades sensoriais ainda demorará anos para chegar ao mercado.

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