17/12/2019

Vacina contra alergia ao amendoim precisa reescrever sistema imunológico

Redação do Diário da Saúde
Vacina contra alergia ao amendoim precisa
Apesar de não se comprovar o caráter afrodisíaco do amendoim, estudos científicos confirmam que o consumo de apenas 30 gramas por dia pode gerar alguns benefícios para o corpo humano.
[Imagem: Benedikt.Seidl]

Alergia a amendoim

As alergias ao amendoim podem se tornar uma coisa do passado com uma vacinação radicalmente nova que está quase pronta para curar a condição potencialmente fatal.

A vacina usa uma plataforma baseada em um vírus para reescrever a resposta natural do corpo aos alérgenos do amendoim, provocando uma resposta imune não-alérgica, em vez de uma alérgica.

As alergias ao amendoim ocorrem quando o sistema imunológico identifica erroneamente o amendoim como um alérgeno, sinalizando às células imunológicas para liberar substâncias químicas.

Isso resulta em reações adversas, que podem variar de urticária, cãibras, náuseas e vômitos, até reações anafiláticas, com risco de vida que requerem atenção médica imediata. Reações alérgicas graves podem incluir dificuldade respiratória, inchaço na garganta, queda súbita da pressão arterial, tontura e até morte.

Vacina contra alergia ao amendoim

A nova vacina contra alergia ao amendoim foi formulada embalando pedaços de proteínas de amendoim na plataforma do vírus SCV (Sementis Copenhagen-vectored), uma tecnologia inovadora desenvolvida por pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália.

"Estamos efetivamente reprogramando o corpo para ver o amendoim como uma entidade que pode ser curada por uma vacina, em vez de um alérgeno que provoca uma reação alérgica," resumiu o professor John Hayball.

"A vacina já está mostrando sinais de sucesso, alterando as respostas imunológicas específicas do amendoim em modelos de camundongos com alergia ao amendoim e em estudos preliminares in vitro do tipo vacinação usando amostras de sangue humano de pessoas alérgicas ao amendoim clinicamente confirmadas. Os próximos passos são: obter mais amostras humanas e confirmar a eficácia da vacina. Isso demonstrará a capacidade de transferir os resultados para humanos e aumentará significativamente as chances de sucesso em futuros ensaios clínicos," anunciou Hayball.

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