03/09/2019

Estressado na escola? Faça arteterapia ou meditação

Redação do Diário da Saúde
Estressado na escola? Faça arteterapia ou meditação
As atividades envolveram meditação e arteterapia - mas sempre levando em conta o que as estudantes mais gostavam de fazer.
[Imagem: University of Washington]

Meditação e arteterapia

Os adolescentes relatam níveis mais altos de estresse do que os adultos e citam a escola como o fator que mais contribui para seu nível de ansiedade.

A Associação Psicológica Norte-Americana vem alertando sobre esse problema há vários anos, ressaltando que esse é um problema emergente - não era comum que adolescentes apresentassem altos níveis de estresse nas décadas anteriores.

Em resposta, algumas escolas se voltaram para programas baseados na meditação da mente alerta como uma forma de aliviar o estresse entre seus alunos.

Para aferir essa prática, pesquisadores da Universidade de Washington fizeram um projeto-piloto com atividades de mente alerta baseadas na arte, tentando compor um programa que as escolas pudessem usar para reduzir as dores de cabeça, um efeito colateral comum do estresse em meninas adolescentes.

Depois de três semanas de sessões de mente alerta e arteterapia, duas vezes por semana, as meninas relataram ter menos dores de cabeça. No início do estudo, eram 7,38 dores de cabeça, em média, dentro do período anterior de duas semanas. No final do estudo, esse número caiu para 4,63 - uma queda de quase 40%. Essa queda permaneceu até sete semanas após o término da intervenção.

Práticas participativas

Uma conclusão crucial no desenvolvimento da intervernção foi que é importante verificar quais atividades os alunos consideram mais úteis. No piloto, as adolescentes tentaram diferentes técnicas de mente alerta em cada sessão, para que pudessem descobrir quais funcionavam melhor para elas.

A técnica preferida foi a respiração consciente, uma técnica que encoraja as pessoas a respirarem lentamente, concentrando-se e contando cada respiração. O que elas menos gostaram foi o comer consciente, uma técnica que pede às pessoas para se concentrarem no que e como estão comendo.

Embora as adolescentes tenham experimentado menos dores de cabeça após o término do estudo, seus níveis gerais de estresse não mudaram muito. Mas elas relataram sentir-se melhor no momento, dizendo que sentiam que poderiam lidar com o que acontecesse pelo resto do dia.

"Este estudo destaca uma das minhas principais missões de pesquisa: Nós deveríamos estar fazendo intervenções em cooperação com os adolescentes se quisermos que essas estratégias funcionem," disse a pesquisadora Elin Bjorling. "Há algo poderoso em dizer 'Estou convidando você a começar a pensar em como você pode melhorar. Venha conversar comigo sobre como poderíamos fazer isso'. Eu acho que é por isso que nós vimos uma resposta tão forte até mesmo neste minúsculo estudo."

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